quinta-feira, 19 de março de 2009

O Brasil e as mudanças climáticas


Estão ocorrendo diversas mudanças climáticas em todo o mundo, causadas principalmente pelo efeito estufa, aquecimento global e outros fenômenos ambientais, tendo como origem as ações humanas de depredação ao planeta. O Brasil, apesar de toda a riqueza natural ainda existente no país, não está imune aos efeitos destas variações climáticas. O site da WWF, uma das ONG's de proteção ambiental mais respeitadas internacionalmente, resumiu as principais consequências que nosso país sofrerá, de acordo com o último relatório publicado (o quarto) pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Segundo o relatório, as principais consequências serão:
  • Redução de recursos hídricos em áreas áridas e semi-áridas, como o Nordeste, com a substituição de vegetação semi-árida por a de áreas áridas, causando extinção de várias espécies;
  • Em 2050, a recarga dos lençóis freáticos (regeneração das fontes de água) se reduzirá em 70% no Nordeste, em comparação com os índices do final do século passado;
  • Aumento do volume de chuvas no Sudeste, com perdas consideráveis para a agricultura e alagamentos mais intensos e frequentes em centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro;
  • Variação do nível do mar, com impacto nos manges;
  • Aumento de cerca de 1,7 graus centígrados na temperatura das regiões do Cerrado, que vai levar a extinção de, no mínimo, 1/3 da diversidade de vida vegetal existente nessa região;
  • Eventos climáticos inusitados na região da Amazônia (como secas, por exemplo);
  • Grandes perdas na biodiversidade da floresta, em função do aumento da temperatura;
  • Transformação da região leste da Amazônia numa savana, em função das alterações climáticas.
Fonte: Extraído do site da WWF Brasil

Vale lembrar: além da perda direta de patrimônio ambiental, há efeitos diretos e indiretos para o homem. A extinção de uma espécie, vegetal ou animal, causa grandes transtornos à cadeia alimentar na qual a espécie está inserida. Como tais cadeias são entrelaçadas e muito complexas, é muito difícil determinar que espécies serão afetadas e de que forma, podendo gerar efeitos secudários para a saúde do homem em geral. Ainda há o efeito para a agricultura: algumas regiões, pela mudança de clima, simplesmente não serão mais aptas ao cultivo de determinadas espécies alimentícias sem que se crie variedades trangênicas. O mesmo ocorre a diversas espécies animais. Como consequência, pode haver aumento de preços ou falta de determinados gêneros alimentícios. Regiões inteiras podem ter que se acostumar a novas culturas alimentares pela falta de condições de adaptação de culturas nativas. E ainda há os efeitos diretos para a população, como mudança de clima, alagamentos, tempestades, alteração na incidência de cataclismas ambientais, como terremotos, ciclones e outros.
Torna-se cada vez mais fundamental tomar atitudes ecologicamente corretas, mas não apenas no sentido de evitar ou reduzir novos impactos ambientais, mas também tentando regenerar os danos já causados ou inevitáveis. O planeta precisa ser considerado não uma entidade que suporta a vida, mas ele mesmo como uma entidade viva, que precisa ser conservado e ressarcido de suas perdas.

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