terça-feira, 7 de abril de 2009

Estresse pode alterar o DNA

Há quem diga que o excesso de estresse no cotidiano pode até mesmo alterar o DNA. A conclusão, bastante controversa, vem da Universidade de Linköping, na Suécia, onde um grupo de cientistas fez experiências com galinhas. No local em que algumas delas estavam abrigadas a luz se acendia e se apagava a torto e a direito. Quando havia claridade todas se afobavam atrás de comida, temendo um repentino apagão.

Já o restante das aves não foi submetido a tamanha estafa. No galinheiro em que estavam a claridade era constante por 12 horas ininterruptas e a outra metade do dia era só escuridão. O experimento durou exatos 225 dias. O suficiente para os pesquisadores observarem que o grupo das galináceas sob estresse desenvolvera certa dificuldade espacial e de aprendizado — elas andavam de um lado para outro totalmente desorientadas. O problema não afetou as moradoras do outro galinheiro.

Mais tarde os filhotes de ambos os grupos foram criados separados das mães. Aí, então, os estudiosos verificaram que, mesmo vivendo em condições normais e separados das genitoras, os descendentes dos animais estressados tinham as mesmas dificuldades maternas de orientação e aprendizado.

Mais: 31 genes da turma dos desorientados haviam sido modificados. Ou seja, os pintinhos literalmente herdaram nervos à flor da pele. “O resultado demonstra que mudanças de conduta interferem no padrão genético do indivíduo e, conseqüentemente, podem ser transmitidas de uma geração para outra”, afirma o biólogo Per Jensen, um dos autores do estudo.

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