domingo, 29 de agosto de 2010

NOVO


não tornarei minha poesia obrigatória, como quem desempenha função permanente, mesmo que meritória...não tornarei meus versos em quadras frequentes, como se meu coração sempre fosse contente...não posso repetir sentimentos a todo momento, não posso amar como quem repetisse o ato...cada instante tem a magia de uma única flor, cada pétala de tua pele é um novo desabrochar do amor, cada gota do teu orvalho é uma manhã nascida, um sol que beija o amanhecer de nova forma...não posso querer que se misturem as ondas dos mares tardios com os teus oceanos que me apaixonam, nem posso querer que tuas vagas de amor rebentem sobre a praia de meu corpo como já o fizeram em tuas outras paixões...criemos tudo novo, a cada tempo, que o tempo seja um revivido dia depois das tempestades, pois que quero te amar como se fosse um menino esquecido de tudo, para que teus olhos me vejam como se vissem o amor pela primeira vez, e teu desejo me seja como o do primeiro amado...que seja um amor sempre de início, nunca findado...
JPalma

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